Poupança talvez seja o conceito económico mais difícil de ser compreendido pelo publico, e em particular pelo moçambicano. Por causa disso a poupança quase não faz parte da vida financeira dos moçambicanos. Pensando nisso, elaboramos esse artigo como forma de descomplicar esse assunto, trazendo para você de forma simples o conceito de poupança, quando e quanto poupar, como forma de ajudar-te a cuidar de seu futuro e do seu dinheiro, pois sabemos que essa é uma das mais importantes ferramentas para ter uma testabilidade financeira.
O que é a poupança então?
O conceito de poupança corresponde genericamente à diferença entre o rendimento disponível e o total das despesas de consumo efetuadas. Em palavras simples, Poupança é a parte da renda da que não é gasta com o consumo. Corresponde, portanto, ao que sobra depois (ou ao que é retirado antes) de efetivado o consumo de bens e serviços que permite maximizar (aumentar) a sua utilidade, ou seja, a satisfação de necessidades.
Neste contexto, fica desde logo claro que a poupança está intimamente ligada ao consumo e e paralelamente ao investimento, embora que na maioria dos casos, os que poupam não sejam os mesmos que investem (por exemplo, o valor depositado num banco por um aforrado, é utilizado em operações de investimento desenvolvidas pelo banco)
Há confusão mais frequente que existe quando falamos de poupança é, confundir poupança do jeito como definimos com poupança financeira, que é um tipo de investimento financeiro, em conta poupança, com baixo risco e, consequentemente, baixa rentabilidade. Alem disso, do ponto de vista econômico, poupança é entendido como o acúmulo de capital para investimento.
Modelos da poupança
Quando falamos de modelos de poupança devemos considerar as teorias de Keynes (1936), Katona (1974) e Vanh Veldhoven e Groenland (1993).
Esses autores que nos dizem resumidamente o seguinte:
1. Entendemos que a poupança depende dos ganhos, assim quanto maior forem os ganhos maior será a poupança. De modo que as pessoas com elevados rendimentos tendem a ter elevadas poupanças. E desta feita a poupança dependia da boa vontade ou da capacidade de cada indivíduo para poupar.
2. A poupança vai depender da interação entre personalidade da pessoa a poupar e o seu ambiente económico, devendo então é considerar fatores como a idade, o agregado familiar, estabilidade financeira, situação profissional etc., para explicar a poupança.
3. É necessário considerar a existência de variáveis socioeconômicas nos comportamentos de poupança, como: Clima econômico – crescimento, inflação, taxa de interesse, taxa de desemprego; Informação econômica – média; Contexto econômico pessoal – patrimônio, lucros; Contexto institucional – sistema bancário e fiscal.
Assim a motivação para poupar consistirá na precaução, na riqueza, compras futuras, investimentos e projetos para os filhos. Sendo sobre as despesas fundamentais, como as de alimentação que as pessoas tendem a gastar mais economias.
Quando e quanto poupar?
Assim entendemos, que há várias razões que levam uma pessoa a poupar (precaver o futuro, obter rendibilidade da aplicação das suas poupanças, etc.), sendo que há algumas tendências verificadas empiricamente relativamente à forma como é feita essa poupança.
Desde logo, pode dizer-se que o valor da poupança de uma pessoa depende necessariamente do valor do seu rendimento. Porem é comum observar pessoas que em determinados períodos pouparem mais por se obter mais rendimento e em outros poupar menos ou mesmo nada por obter baixo rendimento. Isso está ligado ao conceito económico de propensão marginal à poupança. E esse valor da propensão está ligado à propensão marginal ao consumo, já que quanto maior for um menor será naturalmente o outro.
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